segunda-feira, 22 de junho de 2015

#100SweetDaysEK#Day100 - Criar um blog para aliviar a dor do luto


Há seis meses perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida, meu querido papai. O falecimento dele fora algo repentino, porém com a presença dos familiares em todo momento lhe proporcionando amor, carinho, atenção, afeto, tranquilidade e paz. O fim da jornada dele aqui na Terra feito de maneira serena reconforta o coração da sua ausência, contudo a dor do luto é algo sensível e triste que se faz presente em cada partícula da alma. Meu papai estará eternamente em meu coração, em cada caminhar sinto a presença dele e sei o quanto maravilhoso foi tê-lo em minha vida como guia, amigo, protetor, educador e pai. Cada ensinamento dele faz parte da minha jornada e sou grata por ter sido sua filha.

Cada ser humano vive esse sofrimento de um modo único, buscando mecanismos para aliviar a dor e continuar a viver, no meu caso eu optei por criar um blog para descrever os pequenos prazeres da vida vistos com olhos transformados por toda a jornada da perda, ou seja, encarar a existência no sentido mais afetuoso, acolhedor e amoroso. Compartilhar a simplicidade desses momentos nos 100 dias propostos foi desafiador, pois em horas felizes a facilidade para visualizar o instante mágico era espontânea, no entanto em dias difíceis buscar pelo vislumbre com ternura tornava-se um exercício de uma observação mais profunda de mim mesmo.

A perda de um ente querido é para a vida toda, entretanto acolher a dor e aceitar os ciclos da vida depende de cada um de nós, e primordialmente sentir as mudanças que o falecimento causa, para despertar de uma maneira transformada para continuar a jornada, faz toda diferença. Eu percebo em todo segundo o quanto essa ausência influencia as simples e complicadas decisões da minha vida e como eu procuro acolher o presente da maneira mais afetuosa e generosa, tendo em mente a dedicação ao agora.

Escrever nesse blog todos os dias é uma forma de não ver a existência com dor ou sofrimento devido a perda, mas no sentido de buscar por elementos afetuosos que me ajudem a caminhar cada dia e ser capaz de identificar a beleza de se estar vivo na plenitude. A ausência do meu pai, desperta em mim uma vontade de ver a vida com outros olhos, de aceitar todos os momentos como parte da minha jornada, ser grata por cada segundo de vida e pelas pessoas que fazem parte do meu entorno. O meu lema se tornou "acolher o meu "eu" e o momento presente com coração aberto, afeto, leveza e generosidade".
DoçurasParAlma!

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