quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Começar o ano com ritual de desapego



Eu adoro fazer uma lista com metas para os anos que se iniciam, alguns itens se tornam realidade, outros precisam de ajustes e alguns nem chegam perto, quando faço a contagem sempre metalizo que mesmo não tendo alcançado, eu lancei as vibrações para o universo. No ano que se passou, antes de mentalizar os objetivos para os próximos 365 dias, decidi desapegar de várias coisas materiais (roupas, sapatos, fantasias, livros, papéis) e de uma forma simbólica, ritualizar funerais do passado, enterrar certos momentos e aceitar encerramentos de ciclos.

Foram praticamente três dias nesse processo de limpeza e o resultado não poderia ser mais positivo, ao olhar as sacolas, percebi novamente como nos agarramos a coisas, pessoas ou situações com medo de perder ou quebrar, seja um objeto, o emprego ou o relacionamento, porém no fundo de nossas almas sabemos que é impossível trancafiar algo para nos sentirmos seguros. Em um dos trechos de "O livro tibetano do viver e do morrer" o autor Sogyal Rinpoche comenta "... Esse agarrar-se é inútil desde o início e condenado à frustração, uma vez que não tem nenhuma base ou verdade, e aquilo a que nos agarramos é, por sua própria natureza, impossível de reter."

Quando percebemos que apegar-se a coisas ou momentos não nos trará absolutamente nada, apenas sofrimento, soltamos as rédeas e abrimos espaço para o fluir natural da vida. Ao colocar para trás o passado e objetos não mais necessários, criamos um novo ambiente para possibilidades inovadoras, inéditas, caminhos ainda não percorridos e janelas para uma brilhante luz solar.

Esse ritual do desapego com certeza não é fácil, exige coragem, foco e determinação, contudo ao colocar-se disposto a realizar esse ato, percebemos o quanto é primordial em nossas vidas, pois só assim conseguimos abrir lacunas para novos olhares, diferentes despertares e metas criativas. Ao finalizar esse processo, sente-se uma energia positiva fluindo por todo o corpo no sentindo de aventurar-se na novidade, de colocar em prática sonhos e de saber que há espaço para o novo.

Só após a limpeza do espaço físico e espiritual é que eu fui capaz de organizar meus pensamentos e colocar no papel os objetivos para 2016, gerar nutrição afetiva e amorosa pelas coisas aos quais anseio conquistar e abraçar a coragem e ambição para ser capaz de realizar. Viva 2016! E muita luz para todos!
DoçurasParAlma!

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