Confesso não ser fã de filmes de ação, com explosões e lutas em todas as cenas, por isso a intenção de assistir Mad Max: Estrada da fúria era mínima, até a leitura de um artigo sobre o filme na revista SuperInteressante cujo o texto me despertou para outros nuances da história, a versão da mitologia e do feminino. Por ter um grande interesse pelos dois temas, fui conferir o filme e admito ter me surpreendido.
São muitas as cenas de perseguições, lutas e explosões, porém a jornada de Furiosa (Charlize Theron) em ajudar as cinco mulheres a se libertarem do líder Immortal Joe é de uma complexidade e profundidade sem tamanho, pois a fuga não só representa a liberdade das jovens como também a perspectiva de um novo mundo onde o arquétipo feminino pode se estabelecer e semear os valores atribuídos deste modelo como: cuidar, criar, proteger, acolher, a empatia, a criatividade, o saber intuitivo e o respeito por si mesmo, pelo outro e pelo planeta. As mulheres nesta narrativa não são frágeis à espera do homem para lhes salvarem, pelo contrário, elas lutam de igual por igual, atiram, não tem medo da morte e colocam a gravidez em risco por um objetivo maior. Neste filme Mad Max fica com o papel secundário, pois o principal é de Furiosa e seu time de deusas guerreiras.
DoçurasParAlma!
Nenhum comentário:
Postar um comentário