quarta-feira, 29 de abril de 2015

#100SweetDaysEK#Day54 - Costurar meu sapatinho vermelho

O livro Mulheres que correm com lobos e meu sapatinho vermelho feito à mão

Participo de um grupo de mulheres que uma vez por mês nos reunimos para discutir um conto do livro Mulheres que correm com os lobos de Clarissa Pinkola Estés, esses encontros são feitos com base nas leituras das histórias do arquétipo da mulher selvagem descritos pela autora, depois comentários de cada participante e geralmente para finalizar costumamos fazer algum trabalho manual para refletir sobre o assunto.

Esse mês lemos o conto Os Sapatinhos Vermelhos de Hans Christian Andersen, uma belíssima história, mas com um final trágico que deixa qualquer um com o coração apertado. Basicamente a história é de uma menina pobre que guarda os trapos de pano para costurar um par de sapatos vermelhos. Um dia ela é convidada por uma senhora rica a ir morar com ela. Quando a menina adentra para esse novo mundo de luxo, seus sapatos feitos à mão são jogados no lixo e ela acaba ganhando um novo par de sapatos também vermelho. Mas estes acabam sendo enfeitiçados, fazendo com que ela nunca pare de dançar. Para se livrar desse sofrimento a menina pede para um carrasco cortar seus pés e se ver livre dos sapatos vermelhos reluzentes.

Nas explicações de Clarissa nós mulheres, não devemos desconectar de nossas origens ou de nós mesmas, pois isso significa ficar com um coração faminto e aceitar qualquer coisa que sacie essa fome, como a menina do conto que ao perder seu sapato feito à mão, calça o par de sapatos vermelho reluzente e se esgota por não conseguir parar de dançar.

Dois trechos interessantes do conto, diz o seguinte:
"...É preciso compreender que as armadilhas preparadas para capturar a alegria da mulher irão sempre se alterar e mudar de aparência, mas na nossa própria natureza selvagem nós iremos encontrar a energia absoluta, a libido exigida por todos os atos de coragem que forem necessários". 

"Se você quiser reconvocar a Mulher Selvagem, recuse-se a ficar no cativeiro. Com os instintos aguçados para ter equilíbrio, salte para onde bem entender, uive à vontade, apanhe o que estiver à mão, descubra tudo o que puder, deixe que seus olhos revelem seus sentimentos, examine tudo, veja o que puder ver. Dance usando sapatos vermelhos, mas certifique-se de que eles sejam os que você mesma fez à mão. Você será uma mulher cheia de vida".
DoçurasParAlma!

Nenhum comentário:

Postar um comentário